10 de julho de 2013

Rota de hotéis #1

Desde que escrevi este texto comecei a estar ainda mais atenta à decoração escolhida pelos hotéis.
É interessante pois tanto a decoração utilizada nos quartos como as técnicas de Home Staging têm o mesmo objectivo: agradar ao maior número de pessoas. Resolvi assim mostrar-vos os hotéis onde vou passando.

Nestas últimas férias que foram especiais, queríamos também ir a um local especial. Depois de alguma indecisão, o P. propôs conhecermos a Ilha da San Andrés - Colômbia.

San Andrés é uma linda e paradisíaca ilha de águas maravilhosamente quentes no mar das Caraíbas, pertencente ao arquipélago colombiano de "San Andrés, Providência y Santa Catalina", ao lado de Nicarágua e a 2h30 de Bogotá.
Tem apenas duas estações, a estação das chuvas, em que normalmente chove 15 minutos e podemos ir novamente para a praia e estação mais seca, que coincide com a época dos furacões que apesar de não passarem pela ilha acabam por originar mais ventos que o habitual. O vento é constante e para quem gosta de Kitesurf está bem entregue. Desengane-se quem pensa que atrapalha sendo que até sabe bem pois as temperaturas em qualquer época do ano rondam os 26º e os 29º.

Para nós que partimos de Portugal, não existem voos directos o que implica várias horas perdidas de voo e de aeroporto, mas valem bem a pena. Depois de ver as várias opções no mercado, optámos por iniciar viajem no Porto. Fizemos escala em Madrid e Bogotá até chegar a San Andrés. 
Foi necessário ter visto para entrar na Colômbia e pagar ainda uma taxa de entrada na ilha (serve supostamente para ajudar a desenvolver a ilha, mas falando com os locais ninguém sabe para onde vai esse dinheiro). Na chegada, levámos mais de uma hora para passar na imigração de um aeroporto muito quente e húmido. E não estranhem se derem conta que vos estão a passar a frente, segundo fiquei a saber é prática comum na Colômbia.

Para a estadia o P. escolheu o hotel de 4 estrelas Decameron Aquarium.
Um hotel que combina perfeitamente com o local onde está inserido e não se deixem enganar pela entrada do hotel pois atrás de uma entrada singela está um aglomerado de torres redondas, quem nem cogumelos nascidos no mar. 
Nós ficamos na torre 16, a qual nos pareceu ser uma das mais recentes e com elevador a funcionar muito bem. É a torre onde se encontra um dos restaurantes de buffet e está próxima da piscina onde por volta das 22 até às 23h promovem os espectáculos do hotel.

Fomos muito bem recebidos com um cocktail tropical de boas-vindas sem álcool e é-nos colocada uma pulseira. Levam-nos as malas ao quarto e o P. deu uma gorjeta ao lá então feliz empregado.
O quarto apresentou-se bastante espaçoso e com varanda com vista directa para o mar. A decoração em tons quentes, vermelhos e laranjas e a mobília em tons escuros e, muito importante, um ar condicionado que funcionava nas maravilhas.

Além das fotos do hotel houve dois grande motivos que fizeram-nos optar por este hotel. 
Primeiro, porque pertencendo à cadeia de hotéis Decameron All Inclusive Hotels e Resorts, podemos sem mais custos usufruir das comodidades (excepto dormidas) de qualquer um dos outros, que só em San Andrés são 5 e num futuro próximo haverá mais um que estão a terminar de construir (diga-se de passagem com muito boa localização). Para se usufruir de uma refeição noutro hotel é necessário fazer uma reserva na véspera. Aliás, além dos restaurantes buffet que não exigem reserva, existe em cada hotel 3 a 4 restaurantes temáticos (japonês, italiano, mariscos...) para os quais já é necessário a respectiva reserva, o que regra geral implica acordar cedíssimo e esperar na fila interminável de turistas com insónias para mesmo assim quando chegamos à frente, já a maioria dos lugares estão ocupados pois os dos outros hotéis já fizeram a reserva no dia anterior. Experimentamos uma vez e apesar da comida estar deliciosa, não repetimos a experiência pois a comida dos restaurantes buffet era boa e acordar cedo, já basta quando temos de ir para o trabalho.

O outro motivo foi a sua localização. Este hotel está no centro turístico da ilha, a 10 minutos a pé de uma das melhores e mais conhecidas praias da ilha, próximo das lojas e restaurantes (que acabamos por não experimentar visto estarmos num All inclusive). 
Em frente ao hotel podemos alugar um carrinho de golf (aprox. 35€/dias)  e dar a volta à ilha que tem aproximadamente 27 km2 e ir ver todos os pontos turísticos. 
Foi o que fizemos no primeiro dia, conhecemos a praia de rocky Clay, onde vamos com água cristalina pela cintura até uma pequena ilha, o "hoyo soplador", que é uma gruta com mais de 3 metros de profundidade por onde as ondas do mar entram e acabam por fabricar um pequeno geiser, a Cova do pirata Morgan, as piscinitas que são reentrâncias na costa rochosa onde se concentram peixes de mil e uma cores e tamanhos  e aproveitamos para conhecer os outros hotéis da mesma cadeia. 
O hotel está ainda a 5 minutos a pé da saída dos barcos para as outras ilhas ou para ir ver as mantas/raias e o recife de corais que é "apenas" o terceiro maior do mundo. Uma experiência única. 
Podemos ainda fazer Jetsky, mergulho, snorkeling, kitesurf, windsurf etc...(pago à parte).
Apesar da cadeia de hotés Decameron estar bem distribuída pela ilha, cada um tem as suas características distintas. Destaco 2: o Hotel Mar Azul tem uma entrada pelo meio de um selva tropical muito linda mas a praia não é a melhor por causa das raízes e plantas aquáticas naturais e o San Luís, que é o mais próximo das praias de areias brancas, no entanto, como há pequenos recifes de coral junto à praia formam-se como que piscinas naturais com água pelos joelhos. Dá para ficarmos deitados na areia branca dentro dessas piscinas mas não dá muito jeito para quem gosta de dar umas braçadas pelo mar a dentro. Se voltássemos iríamos para o mesmo onde ficámos ou para o novo que está a ser construído. Para o P. a desvantagem do hotel é a Internet ser paga a hora e apenas haver rede na recepção. Embora confesso que vermo-nos livre da Internet até nem foi necessariamente uma desvantagem.

Uma curiosidade sobre este e outros hotéis da ilha é o facto dos terrenos ou os edifícios principais terem pertencido a narcotraficantes. Ficámos a saber esta informação depois, de ao dar a volta à ilha, observarmos que havia muitas casa/palacetes abandonadas algumas até tinham sido incendiadas. Ao perguntar aos nativos qual o motivo, explicaram-nos que outrora a ilha foi local onde os piratas, como o famoso Morgan, escondiam os seus tesouros e mais tarde onde viveram grandes narcotraficantes que entretanto, muitos deles foram presos e os seus bens confiscados para o Estado, que por sua vez, arrendou ou vendeu às cadeias hoteleiras. 
Da cadeia de hotéis Decameron existentes na ilha, informaram-nos que apenas o Hotel Decameron San Luis foi construído de raiz e em terrenos não confiscados, todos os outros e mesmo o único hotel de 5* da ilha surgiram após as confiscações levadas contra os narcotraficantes.














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